Cem dias do governo Bolsonaro e o que não
faltam são críticas. Sei que muitas delas, tem algum fundamento por partirem da
oposição, que não vê os seus desejos atendidos. Outras delas, mesmo partindo da
oposição são totalmente infundadas e são resultado de um ranço ideológico
amalgamado durante vinte e um anos de governo populista e esquerdista. Mas o
que mais causa indignação é que muitos que ajudaram a eleger o atual governo,
eventualmente também se voltam contra ele. Ora, se votou em um programa, isto
não quer dizer que para a sua implantação não sejam necessários alguns ajustes
e até mudança de ponto de vista pontuais. Não deveria ser os eleitores do
governo, que venceram as eleições, a pontearem as críticas, mesmo que coerentes,
como é o caso da intervenção governamental no reajuste do óleo diesel. Sabemos
que não só, mas também, foi este tipo de atitude populista que ajudou a levar a
nossa maior empresa quase a bancarrota. Outros equívocos de muito menor monta
foram cometidos, mas isto só serviu para os incautos derrotados achassem uma
vidraça para jogar suas poucas pedras. Não sejamos levianos e rasteiros, e
servir de aríete para os opositores. Estudem os fundamentos dos atos
governamentais antes de sair a criticá-los.
Sempre fui favorável a utilização de radares em
rodovias com a finalidade de diminuir o número de acidentes. Jamais os vi como
uma fonte de renda. Não é porque o presidente em que eu votei pensa o contrário
que eu vou mudar minha opinião e também não sairei a fazer críticas exacerbadas
ao governo por isso. Acho atitude muito mais invasiva por parte do governo, a
obrigatoriedade do uso do cinto de segurança, por exemplo, do que o controle do
excesso de velocidade. Este diz respeito somente ao indivíduo, o outro ao
coletivo.
Afonso Pires Faria14.04.2019.
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