quarta-feira, 10 de dezembro de 2014

TUD DEPEND DEL COLOR........


O rapaz vivia com o pai, senhor já idoso na faixa dos setenta e muitos. Estava nesta situação a mais de dois anos após ter se separado da mulher por possuir um gênio difícil. As desavenças com o pai estavam sendo mais frequentes. Vizinhos não raras vezes batiam à porta para saber se estava tudo bem, pois ouviam barulhos de objetos quebrados e alterações nas vozes no interior da casa onde os dois moravam. Mas em um final de tarde, princípio de noite, o fato foi mais marcante, o filho gritou com o pai e bateu a porta saindo em passos firmes para a rua dando a impressão de que não mais voltaria. O rapaz que bebia bastante e com frequência, dava ao pai sinais de que estava fazendo uso de drogas. O pai chamou o filho às falas, o que o irritou sobre maneira. Aproximadamente às 22 horas os vizinhos ouviram gritos de desespero e de dor vindo do interior da casa onde morava o rapaz com o pai. Chamaram a polícia, pois desta vez havia prenuncio de tragédia no ar. Quando a polícia adentrou à casa deparou-se com o filho sujo de sangue e o pai com uma faca cravada no peito na altura do coração esvaído em sangue já sem vida, e a peça onde estava, com objetos quebrados num visível sinal de ter ocorrera uma luta corporal no ambiente. A polícia levou o rapaz para a delegacia e ao entrar na viatura policial foi xingado pelos vizinhos com gritos de – assassino, assassino.
Esclarecido os fatos, o pai havia sido vítima de um assalto e o filho havia chegado e encontrado o pai já morto entrando em desespero. O ladrão foi preso logo em seguida com alguns objetos furtados da casa e confessou o crime. Como podemos ver, nem tudo o que vemos de fato é o que se parece. Todas as evidências levavam a crer que o filho havia matado o pai devido as frequentes desavenças entre eles, mas não. Ele era inocente.
Conto este fato para liga-lo ao ocorrido nesta semana quando a presidente Dilma vetou uma lei que permitia uma contribuição previdenciária menor para o empregador e empregado doméstico, desiludindo os seus eleitores que acreditam em seu discurso fácil de que dinheiro dá em árvores. Por outro lado demonstra uma atitude quem  sabe administrar com austeridade aquilo que não lhes pertence. Como diz o ditado “tud depend del color, del cristal con que se mira”.

Afonso 12.2014.  

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