O
ser humano tem uma tendência enorme à ser enganado. O sexo masculino então deve
servir como exemplo. Se passar na frente de um homem uma mulher qualquer, ele
pode olhar ou não, agora ponha nesta mesma mulher, um sapato de salto alto,
vista-a com roupas provocantes e coloridas, pinte seus cabelos, turbine os seus
seios e seu bumbum e pronto. E inevitável que o homem vá lhe lançar um olhar e
seguir seu trajeto, mesmo arriscando tomar um doloroso beliscão na sua costela
minga, da sua esposa ao lado.
Esta tendência de sermos enganado por uma pessoa bem
vestida e artificial se reflete na hora que vamos eleger os nossos
representantes, tanto a nível federal, estadual ou municipal. Aquele que mais
nos engana, que mais nos faz promessas impossíveis, é neste que recairá o nosso
voto. Nosso não, porque o meu não. Sou tão politicamente incorreto, que às vezes
me classificam de masoquista, pois escolho para me representar os mais sensatos
e não os mais parlapatões.
Falo isto para chegar a tal de “consulta popular”. Esta
vem mudando de nome e um pouco de forma, mas sempre com o mesmo intuito. O de
fazer de conta que está dando ao povo a opção de ele escolher onde será, ou não
aplicado os recursos do Estado. Segundo pesquisas, das demandas do governo do Estado,
foram cumpridas apenas em 28%. Ou seja, não adianta o povo escolher R$
100.000,00 em saúde, se o governador depois somente libera R$ 28.000,00. E vem
nova consulta popular para se escolher a aplicação da verba, e vai o governador
votar, para ele mesmo depois ser enganado. Assim foi quando obrigou os governos
dos Estados a pagar um piso aos professores, e quando foi governador, nem ele
mesmo paga.
Sigo optando por votar nos desalmados. O meu voto vai
para aquele que for a favor do fator previdenciário, dos pedágios e da CPMF.
Afonso Pires Faria – Caxias do
Sul, 08.08.2013.
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