quarta-feira, 2 de maio de 2012


Entrevista ao candidato vencedor.

Repórter (R) - Estamos aqui entrevistando o candidato Político  Tratante (P.T).

- R - Senhor PT, o senhor tem proposta, não tão inovadoras, mas bastante ousadas. Qual a sua proposta que lhe diferencia dos outros candidatos?

-  P.T  -Pretendo terminar com a política do toma lá da cá. Isto é um câncer que vem corroendo as entranhas do nosso país. Terminarei com as medidas provisórias, que são o combustível para estas negociatas entre governo e parlamento.

- R -Temos no governo uma série de desvios, como o senhor pretende fazer para diminuir esta prática?

-P.T -  Diminuir não, eu vou acabar com estes desvios. No meu governo não haverá nenhum tipo de falcatrua. O meu partido é um partido ético, ele não rouba e não deixa roubar. Qualquer ato suspeito, eu serei o primeiro a estimular a abertura de uma CPI, este, que é um dos instrumentos mais democráticos no parlamento brasileiro.
-R - O povo brasileiro, esta pagando muito imposto. O que o Sr. Propõe para diminuir esta carga tributária?

- P.T - O povo sim, mas mais precisamente o povo trabalhador e sofrido deste país. Não podemos admitir que o trabalhador pague imposto de renda sobre o salário. Salário, não é renda, isto tem que terminar. Outra coisa é o famigerado fator previdenciário. Isto é um escárnio, o pobre trabalhador, que tem que começar cedo a trabalhar, quando completa seus 35 anos de trabalho tem sua aposentadoria reduzida por este famigerado fator. Isto tem que terminar.

-R -  O Brasil tem uma dívida externa muito alta. Como resolver isto?

- P.T - Não podemos pagar a dívida externa com o suor do nosso trabalhador. Primeiro temos que fazer uma auditoria nesta dívida. Estamos sendo explorados pelo FMI.

-R -  E os bancos?

- P.T – Ora os bancos. Como podemos admitir, que em um pais pobre como o nosso os bancos tenham estes lucros astronômicos. Já aviso aos banqueiros, não contribuam com a minha campanha, é de vocês que eu vou tirar o dinheiro para resolver o problema da pobreza no nosso país.

-R -  E a terra? Como conviver com o agronegócio prosperando com tanta gente sem terra?

- P.T - Estas multinacionais que só exploram o trabalhador terão um revés no meu governo. Impedirei que utilizem sementes transgênicas esta semente do mal.

-R - E o MST? Como fica?

- P.T - Não haverá mais MST, porque não haverá trabalhador sem terra. Sempre apoiei e fui apoiado por este movimento de gente sofrida. Todo o trabalhador terá sua terra para plantar. Isto é prioridade no meu governo. Reforma agrária já.

-R -  E as instituições existentes no Brasil?

-P.T -  Olha meu amigo. Existe no nosso país uma “zelite” que vem governando e nos roubando , desde o tempo do descobrimento. Eu sei o nome deles e te digo. São os Sarneys, os Barbalhos,e os Calheiros, e esta gente pagará pelo mal que causou até hoje ao país.

-R -  E as privatizações?

-P.T -  Isto sim é que é um dano ao patrimônio público, estão vendendo o que é nosso, quando eu for eleito isto vai acabar. Te garanto.

-R -  Como uma última colocação, gostaria que o senhor esclarecesse como pretende governar sem o apoio das elites, e como cumprir estas promessas um tanto quanto ousadas?

-P.T -  Meu caro entrevistador, bem se vê que o Senhor, não entende nada de política. Se entende um pouco de política, não entende bem o que é a política brasileira e muito menos o eleitor. Tudo isto que eu prometi e disse, vai cair no esquecimento. O povo não quer saber bem se a promessa foi cumprida, o importante é prometer.

-R -  Mas se o senhor não as cumprir, poderá cair no ostracismo e nunca mais será eleito.

- P.T - Engano seu. Puro engano. Garanto a ti, se me eleger com estas promessas, mesmo não cumprindo nada, me reelejo e ainda faço meu sucessor, mesmo que este seja um poste.

Afonso Pires Faria – Caxias do Sul – 02.04.2012.

5 comentários:

  1. MEU AMIGO AFONSO, POR GENTILEZA FAÇA UMA CORREÇÃO NO TEXTO DO SEU BLOG, INFORME QUE ESTE P.T. É LÁ DA FRANÇA.

    CGA/SETOP/CREGE - JARAGUÁ DO SUL (SC), 2.5.2012

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  2. Olá Afonso, tenho a impressão que já me passaram esse trote!!!! e mais de uma vez!!!

    Euzébio

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  3. Ao primeiro respondo: Não faço correção nenhuma, deve ser de lá mesmo, pois aqui......não tem disso.
    Ao segundo respondo: Eu digo que passaram nas proporções exatas do entrevistado, só uma vez. Mas vai persistir ad eternum.

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  4. Afonso,
    Podia ser também PFL-Pega, Foge e Leva; ou PDS - Partido dos Safados.
    Mas o cerne da questão é a história da esquerda brasileira. Ou melhor, a falta da esquerda brasileira. Ser de esquerda é ter idéias (sim, idéias e não desvaneios) buscando o crescimento social e econômico da nação. Infelizmente, a grande maioria do pessoal da esquerda confunde isto com "não faço parte do governo", quando na realidade trata-se mais de um exercício filosófico-partidário de idéias.
    Como diria Rousseau que resume o pacto social a: Cada um de nós põe em comum sua pessoa e todo o seu poder sob a suprema direção da vontade geral; e recebemos, coletivamente, cada membro como parte indivisível do todo.
    Ou seja, o homem abre mão de parte de sua liberdade em prol da sociedade e assim consegue interagir com seus semelhantes.
    Mas enquanto o EU valer mais que o NÓS, a humanidade dará dois passos para frente e um para trás. E teremos que ver as pessoas que perdem a eleição (se é que se perde em democracia) fazendo chacota e torcendo contra. Isto não é esquerda, é bagunça.

    Pacheco

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  5. E olha que eu acho que mesmo que houvessem entrevistas tão sinceras como esta, o povo continuaria repetindo o voto em candidatos como este aí.

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