Entrevista ao candidato vencedor.
Repórter (R) - Estamos aqui entrevistando o candidato
Político Tratante (P.T).
- R - Senhor PT, o
senhor tem proposta, não tão inovadoras, mas bastante ousadas. Qual a sua
proposta que lhe diferencia dos outros candidatos?
- P.T -Pretendo
terminar com a política do toma lá da cá. Isto é um câncer que vem corroendo as
entranhas do nosso país. Terminarei com as medidas provisórias, que são o
combustível para estas negociatas entre governo e parlamento.
- R -Temos no governo
uma série de desvios, como o senhor pretende fazer para diminuir esta prática?
-P.T - Diminuir não, eu vou acabar com estes desvios.
No meu governo não haverá nenhum tipo de falcatrua. O meu partido é um partido
ético, ele não rouba e não deixa roubar. Qualquer ato suspeito, eu serei o
primeiro a estimular a abertura de uma CPI, este, que é um dos instrumentos
mais democráticos no parlamento brasileiro.
-R - O povo
brasileiro, esta pagando muito imposto. O que o Sr. Propõe para diminuir esta
carga tributária?
- P.T - O povo sim,
mas mais precisamente o povo trabalhador e sofrido deste país. Não podemos
admitir que o trabalhador pague imposto de renda sobre o salário. Salário, não
é renda, isto tem que terminar. Outra coisa é o famigerado fator
previdenciário. Isto é um escárnio, o pobre trabalhador, que tem que começar
cedo a trabalhar, quando completa seus 35 anos de trabalho tem sua
aposentadoria reduzida por este famigerado fator. Isto tem que terminar.
-R - O Brasil tem uma dívida externa muito alta.
Como resolver isto?
- P.T - Não podemos
pagar a dívida externa com o suor do nosso trabalhador. Primeiro temos que
fazer uma auditoria nesta dívida. Estamos sendo explorados pelo FMI.
-R - E os bancos?
- P.T – Ora os bancos.
Como podemos admitir, que em um pais pobre como o nosso os bancos tenham estes
lucros astronômicos. Já aviso aos banqueiros, não contribuam com a minha
campanha, é de vocês que eu vou tirar o dinheiro para resolver o problema da
pobreza no nosso país.
-R - E a terra? Como conviver com o agronegócio
prosperando com tanta gente sem terra?
- P.T - Estas
multinacionais que só exploram o trabalhador terão um revés no meu governo.
Impedirei que utilizem sementes transgênicas esta semente do mal.
-R - E o MST? Como
fica?
- P.T - Não haverá
mais MST, porque não haverá trabalhador sem terra. Sempre apoiei e fui apoiado
por este movimento de gente sofrida. Todo o trabalhador terá sua terra para
plantar. Isto é prioridade no meu governo. Reforma agrária já.
-R - E as instituições existentes no Brasil?
-P.T - Olha meu amigo. Existe no nosso país uma
“zelite” que vem governando e nos roubando , desde o tempo do descobrimento. Eu
sei o nome deles e te digo. São os Sarneys, os Barbalhos,e os Calheiros, e esta
gente pagará pelo mal que causou até hoje ao país.
-R - E as privatizações?
-P.T - Isto sim é que é um dano ao patrimônio
público, estão vendendo o que é nosso, quando eu for eleito isto vai acabar. Te
garanto.
-R - Como uma última colocação, gostaria que o
senhor esclarecesse como pretende governar sem o apoio das elites, e como
cumprir estas promessas um tanto quanto ousadas?
-P.T - Meu caro entrevistador, bem se vê que o
Senhor, não entende nada de política. Se entende um pouco de política, não
entende bem o que é a política brasileira e muito menos o eleitor. Tudo isto
que eu prometi e disse, vai cair no esquecimento. O povo não quer saber bem se
a promessa foi cumprida, o importante é prometer.
-R - Mas se o senhor não as cumprir, poderá cair no
ostracismo e nunca mais será eleito.
- P.T - Engano seu.
Puro engano. Garanto a ti, se me eleger com estas promessas, mesmo não
cumprindo nada, me reelejo e ainda faço meu sucessor, mesmo que este seja um
poste.
Afonso Pires Faria –
Caxias do Sul – 02.04.2012.
MEU AMIGO AFONSO, POR GENTILEZA FAÇA UMA CORREÇÃO NO TEXTO DO SEU BLOG, INFORME QUE ESTE P.T. É LÁ DA FRANÇA.
ResponderExcluirCGA/SETOP/CREGE - JARAGUÁ DO SUL (SC), 2.5.2012
Olá Afonso, tenho a impressão que já me passaram esse trote!!!! e mais de uma vez!!!
ResponderExcluirEuzébio
Ao primeiro respondo: Não faço correção nenhuma, deve ser de lá mesmo, pois aqui......não tem disso.
ResponderExcluirAo segundo respondo: Eu digo que passaram nas proporções exatas do entrevistado, só uma vez. Mas vai persistir ad eternum.
Afonso,
ResponderExcluirPodia ser também PFL-Pega, Foge e Leva; ou PDS - Partido dos Safados.
Mas o cerne da questão é a história da esquerda brasileira. Ou melhor, a falta da esquerda brasileira. Ser de esquerda é ter idéias (sim, idéias e não desvaneios) buscando o crescimento social e econômico da nação. Infelizmente, a grande maioria do pessoal da esquerda confunde isto com "não faço parte do governo", quando na realidade trata-se mais de um exercício filosófico-partidário de idéias.
Como diria Rousseau que resume o pacto social a: Cada um de nós põe em comum sua pessoa e todo o seu poder sob a suprema direção da vontade geral; e recebemos, coletivamente, cada membro como parte indivisível do todo.
Ou seja, o homem abre mão de parte de sua liberdade em prol da sociedade e assim consegue interagir com seus semelhantes.
Mas enquanto o EU valer mais que o NÓS, a humanidade dará dois passos para frente e um para trás. E teremos que ver as pessoas que perdem a eleição (se é que se perde em democracia) fazendo chacota e torcendo contra. Isto não é esquerda, é bagunça.
Pacheco
E olha que eu acho que mesmo que houvessem entrevistas tão sinceras como esta, o povo continuaria repetindo o voto em candidatos como este aí.
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