Somente
a partir do dia 05/01/2023 é que eu vou me manifestar sobre o que ocorreu no
nosso país nos últimos dois anos. É muito fácil, eu sei, fazer críticas as
atitudes que não foram tomadas por pessoas que as deveriam agir no exato
momento do fato. Muitos criticam o que ocorreu no nosso país referente a inação
dos outros dois poderes frente as atitudes daquele que somente é um suporte
deles. Hoje eu digo que o momento de ter agido, foi quando o Barroso cruzou a
praça e interferiu na vontade do poder legislativo diante da decisão, já
tomada, de adotar o voto impresso. Quando ele parafraseou o José Dirceu dizendo
que “eleições não se ganha, se toma”, e não foi preso, foi perdida a grande e
única oportunidade de se evitar o mal maior. Alguns detentores de mais conhecimentos
deveriam imaginar que aquele não era o momento mais conveniente e postergaram o
ato. Quem sabe imaginavam que os togados iriam agir cada vez mais fora da lei,
e com isso seriam mais incriminados e que os excluídos da vida pública, seriam
em maior numero. Pois seguiram. Seguiram e nada foi feito, até culminar com o
que estamos vendo hoje: a eminência de vermos general de quatro estrelas, bater
continência para um grandessíssimo filho de uma puta. Coisa esta que eles, no
alto de seus coturnos juraram que não aconteceria. Repito; não tenho
conhecimento de todos os fatos que levaram o alto comando das FFAA, agirem com
estão agindo, segundo o meu conceito, de uma forma covarde. Como não tenho a
mesma capacidade do nosso PR, que se disse “imbrochável”, eu o sou, e logo após
a promulgação do resultado do segundo turno das eleições, não tive a menor
capacidade de escrever e publicar nenhuma linha a respeito dos fatos ocorridos
no nosso país. Imaginei que os comandantes da nação estivessem se espelhando em
Napoleão, quando disse que não deveríamos impedir o inimigo de agir, quando ele
tivesse cometendo erros. No nosso caso os erros eram absurdos e dignos de serem
considerados como atos de amadores. O nosso comandante, agindo candidamente
dentro das regras, via o nosso inimigo cada vez mais “sambando” fora delas.
Nada fez. Eu imaginava que o contragolpe seria proporcional ao tamanho das
ilegalidades cometidas pelos inimigos da pátria. Eles seguiam cometendo crimes
e o povo todo orando. E o nosso presidente bradando que agiria na hora correta
e que o povo deveria seguir na frente do acantonamento daqueles que os iriam
salvar. Infelizmente a minha percepção hoje, é a de que os nossos pretensos
salvadores foram exatamente aqueles que nos traíram. O povo, principalmente
aqueles que perderam dias preciosos das suas vidas junto aos familiares e
deixaram de produzir, merecem explicações do que foi que deu errado. Se o
Presidente dizia com tanta convicção que a salvação seria viria daqueles que
não tiveram suas reivindicações atendidas, o que se esperava é que, ou eles
entregariam o segredo das urnas ou pagariam o preço, pela negação. Mas não
ocorreu nenhuma coisa nem outra. O que houve então? Ainda podemos nutrir
esperanças? O nosso congresso fará impeachment de algum ministro da suprema
corte? Supomos que sim. Mas vocês sabem muito bem quem nomeará os seus
substitutos não é mesmo? Sempre acreditei que pudesse haver algo que nos
salvasse das mãos dos vermelhos, não tinha nenhuma informação privilegiada como
muitos influenciadores diziam ter, mas acreditava que a coisa seria provável.
Nunca descartei a possibilidade de que o pior acontecesse, mas tinha fé. Agora,
espero estar errado novamente quando digo que: se subiu a rampa, não desce
mais. Meios para isso não lhes faltam. Dirão os crédulos: ah, mas as leis! Sim
as leis, se fossem cumpridas, a coisa não chegaria aonde chegou. Seguirão
agindo fora das quatro linhas, e agora com dois dos três poderes a favor deles.
Nós seguiremos orando, acampando na frente das escolas, depois dos quarteis,
iremos para cima de uma ponte, e por fim nos jogaremos de lá de cima, ou os
nossos corpos cairão no rio com um tiro na nuca. Eles já ameaçaram isso e nada
lhes aconteceu. Não foi considerado ato antidemocrático, assim como foi, rezar
e pedir socorro na frente dos quarteis. Penso que: “consummatum est”.
Afonso Pires Faria, Torres, 01.01.2023.
Forte e verdadeiro...
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