Quem
de fato está afrontando as leis vigentes no nosso país? Como podemos aceitar
que agentes do Estado que se negam a aceitar convite para prestar depoimento na
casa legislativa, arvore-se a sair do país para lá, vilipendiar a nossa carta
magna? Pois estamos vivendo tempos sombrios, onde o membro de um dos poderes
recusa-se a prestar esclarecimentos de seus atos, sabidamente
inconstitucionais, para uma das casas legislativa e nada lhe acontece. Sim,
nada de fato deveria acontecer por não haver obrigação legal para que ele
compareça. O problema é que um membro deste mesmo poder, sai das fronteiras
para mentir sobre o nosso ordenamento jurídico, pisoteando na nossa lei maior. A
coisa está tão esdrúxula que o poder que se julga único, pode impunemente agir
contra a lei, e manda prender aquele que se opõe a tal ato. Pensar a favor da
CF agora é crime e desrespeitá-la, passa a ser um ato democrático. Claro que
isso depende de quais dos três poderes o elemento pertence. Se de um, pode
tudo, se de outro nada pode. As palavras ditas pelo detentor do poder
judiciário representam o oposto do que de fato são. Quando falam “estado
democrático de direito”, querem dizer “desrespeito a CF”. Guerra é paz,
liberdade é escravidão e ignorância é força. Está escrito sim nas leis
promulgadas pelo ministério da verdade.
Pontos fora da curva. Branco, preto e no meio o marrom, o cinza.
Nasce e morre, no meio cresce e reproduz. E é neste interstício entre o nascer e o
morrer que se passa toda a nossa existência. Nesta zona acinzentada que, se
somado todo o período, não temos todo o reconhecimento que nos é prestado
quando chegamos ao fim. Veja o que ocorreu com um famoso narrador esportivo.
Foi muito celebrado e disputado pelas emissoras de rádio. Aposentou-se em 2006
e depois disso pouco foi lembrado. Bastou morrer para prestarem a ele grandes homenagens,
reconhecimento e loas. Mais de quinze anos no esquecimento quase que total.
Custaria diluir todas estas homenagens em doses homeopáticas? Que pelo menos
uma vez por ano, lhe fosse dedicado um pequeno reconhecimento. Mas não. Guardou-se
tudo para um só dia, e justamente neste dia ele nada pode ver nem sentir. Morei
na mesma quadra que ele por mais de 10 anos. Nunca o vi infelizmente.
Afonso Pires Faria, XVII. VIII. MMXXII.
Tenho que o aplaudir
ResponderExcluirExatamente assim... pertinentes os dois textos...
ResponderExcluirGostaria que te identificasse. Obrigado.
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