Oh Barros! Por que usas este teu tom de voz
aveludado para proferires tantas imbecilidades? Por que arvora-te em julgar, se
quando tivestes a oportunidade de fazer escolhas, as fizeste de forma torpe e
diametralmente opostas ao que reza o bom senso e a justiça. Olhe para o seu passado
recente. Ficastes ao lado do Batista, quando até as pedras sabiam de sua índole
assassina e de seu passado de mal feitos já julgados e não executados por obra
de si e daqueles que o guindaram ao lugar que hora ocupas. Porque oh Barros,
louvaste um João demoníaco, quando era visível as suas obras malignas que de
divino nada tinha? Pois agora, ocupando um cargo do qual não és digno, tenta
convencer o povo de que tu és justo e que defende o bem e a verdade, quando na
verdade, quando tivestes a oportunidade de fazê-lo, preferiu o mal e a mentira.
Estás tu a infectar o cesto de maçãs podres do local onde habitas, ou este
lugar é próprio e digno de gente da tua estirpe? Não tens o abjeto ser, direito
de abrir a boca para designar o que é verdade e nem apontar este dedo sujo de
sangue para designar quem é culpado. Nem um presidio de alta periculosidade
seria digno de receber uma criatura tão despida de valores como tu. Que a
justiça Divina se cumpra e que tenhas o fim de vida que mereces e que, quando
ela se extinguir, o lugar que vá a tua alma tenha a cor dos partidos que
defendes e a temperatura de uma caldeira de fundição de aço. E que aqueles para
que prestas teu porco serviço aqui na terra, sigam para o mesmo caminho que
irás.
Afonso
Pires Faria, XXII.IV.MMXXII.
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