Sendo a matemática uma ciência exata, serve como suporte para muitas
outras ciências, algumas não tão exatas assim. A estatística é uma delas. Dados
coletados e trabalhados com precisão e principalmente honestidade, levam a
resultados precisos e incontestes. As pesquisas são baseadas em materiais
coletados por pesquisadores e se utilizando da matemática e estatística, após a
sua tabulação, apresentam um resultado correto. Isto, somente ocorrerá se forem
corretamente utilizados, dentro das normas e regras especificadas. O resultado
é de uma precisão quase que matemática. Alguns equívocos podem ocorrer, mas
dificilmente escapam da margem de erro. Eventualmente ocorrem alguns erros,
fora da curva invariavelmente quando da sua divulgação. Estes são resultado
tanto de desonestidade quando da coleta ou no processamento e divulgação do
resultado obtido. Somente uma destas regras descumpridas já altera
consideravelmente o final do trabalho. Quando se interfere na coleta e se
manipula os dados desonestamente, o resultado pode ser diametralmente oposto da
realidade. E isto é muito utilizado em pesquisas eleitorais, por exemplo. A
estatística pode ser uma arte que consiste em se torturar os números até que
eles digam aquilo que tu deseja. Eles convencem o receptor que o que vale é o
que eu então dizendo a ele e não o que os seus olhos veem. Repete-se esta farsa
“ad nauseam” e o cenário para se interpretar a peça, está montado. Se um time
ganha uma partida, pode-se atribuir a isso o fator sorte, se as vitórias se
repetem constantemente, algo há além da sorte. Deve haver alguma qualidade
nele. Quando alguém te engana uma vez, tu podes atribuir a isso o fator de
azar, se ele segue te enganando, deve haver algo diferente de azar. Alguma
desonestidade deve existir neste agente. Se pedes a um profissional para que
execute um trabalho, ele faz, e na entrega tu notas que foi totalmente
imperfeito, é de bom alvitre que busques outro para o trabalho. Tudo isto está
ocorrendo no nosso país, quando se trata de pesquisas eleitorais. Um
determinado Instituto de Pesquisas vem errando fragorosamente em todos os
resultados que apresenta. Repete erros sabidamente com desonestidade e
contrariando a lógica e o contratante segue a solicitar os seus serviços. A
desonestidade é flagrante, mas quem recebe o resultado do trabalho segue
acreditando no que lhe e dito, mesmo a realidade desmentindo
incontestavelmente. Os olhos veem, mas o bolso indica que não se deve acreditar
na verdade.
Afonso Pires Faria, IV.I.MMXXII.
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