terça-feira, 4 de janeiro de 2022

PESQUISAS DESONESTAS.

 

Sendo a matemática uma ciência exata, serve como suporte para muitas outras ciências, algumas não tão exatas assim. A estatística é uma delas. Dados coletados e trabalhados com precisão e principalmente honestidade, levam a resultados precisos e incontestes. As pesquisas são baseadas em materiais coletados por pesquisadores e se utilizando da matemática e estatística, após a sua tabulação, apresentam um resultado correto. Isto, somente ocorrerá se forem corretamente utilizados, dentro das normas e regras especificadas. O resultado é de uma precisão quase que matemática. Alguns equívocos podem ocorrer, mas dificilmente escapam da margem de erro. Eventualmente ocorrem alguns erros, fora da curva invariavelmente quando da sua divulgação. Estes são resultado tanto de desonestidade quando da coleta ou no processamento e divulgação do resultado obtido. Somente uma destas regras descumpridas já altera consideravelmente o final do trabalho. Quando se interfere na coleta e se manipula os dados desonestamente, o resultado pode ser diametralmente oposto da realidade. E isto é muito utilizado em pesquisas eleitorais, por exemplo. A estatística pode ser uma arte que consiste em se torturar os números até que eles digam aquilo que tu deseja. Eles convencem o receptor que o que vale é o que eu então dizendo a ele e não o que os seus olhos veem. Repete-se esta farsa “ad nauseam” e o cenário para se interpretar a peça, está montado. Se um time ganha uma partida, pode-se atribuir a isso o fator sorte, se as vitórias se repetem constantemente, algo há além da sorte. Deve haver alguma qualidade nele. Quando alguém te engana uma vez, tu podes atribuir a isso o fator de azar, se ele segue te enganando, deve haver algo diferente de azar. Alguma desonestidade deve existir neste agente. Se pedes a um profissional para que execute um trabalho, ele faz, e na entrega tu notas que foi totalmente imperfeito, é de bom alvitre que busques outro para o trabalho. Tudo isto está ocorrendo no nosso país, quando se trata de pesquisas eleitorais. Um determinado Instituto de Pesquisas vem errando fragorosamente em todos os resultados que apresenta. Repete erros sabidamente com desonestidade e contrariando a lógica e o contratante segue a solicitar os seus serviços. A desonestidade é flagrante, mas quem recebe o resultado do trabalho segue acreditando no que lhe e dito, mesmo a realidade desmentindo incontestavelmente. Os olhos veem, mas o bolso indica que não se deve acreditar na verdade. 

Afonso Pires Faria, IV.I.MMXXII.

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