sexta-feira, 17 de dezembro de 2021

TOTALMENTE INTELIGÍVEL

 

Para fins de melhor compreensão do povo em geral, foi convencionado se alterar a denominação do nome dos laboratórios fabricantes das vacinas. Em vez do nome do fabricante, serão utilizadas letras do alfabeto. Seriam denominadas “A”, “B”, “C” e “D”. As três primeiras serão necessárias duas doses, a “D”, seria dose única. O intervalo entre uma dose e outra varia entre 40, 45 e 60 dias respectivamente. Com o passar do tempo, caso haja alguma alteração nos procedimentos, a população será informada. Esta foi a comunicação inicial. Depois desta, vieram outras, como segue: - A vacina A e B, que seriam duas doses, será necessária uma terceira, como reforço. O prazo, para quem ainda não fez será acrescido de 5 dias das duas primeiras e de 10 dias na segunda. – Constatou-se uma necessidade de um reforço também na vacina C e o prazo segue o mesmo. – Após alguns estudos e ocorrência de reinfecção em pessoas que tomaram a vacina D, constatou-se a necessidade de ser aplicada também uma dose suplementar nesta que inicialmente seria dose única. O intervalo é de 30 dias. Caso já tenha transcorrido prazo superior a este, a dose suplementar não poderá ser da mesma vacina e sim de uma outra, A, B ou C. Se o tempo decorrido ultrapassar os 30 dias será A, se 45 dias B e acima deste prazo a vacina C. – Houve uma falta de fornecimento nas vacinas A e B para se fazer o reforço mas as autoridades responsáveis informam que ela poderá ser substituída pela C sem maiores problemas, sendo que quem tomou a A, deve aguardar 40 dias e quem tomou a B, 45 dias após a dose anteriormente aplicada. – Após alguns estudos, especialistas constataram que haverá também a necessidade da aplicação de uma terceira dose nas que anteriormente seriam somente duas. A vacina a ser tomada não poderá ser a mesma e sim outra subsequente, ou seja: quem tomou A, fara o reforço com a B, da B com a C e quem tomou a C poderá efetuar o reforço com ela própria. O prazo da A para a B é de 30 dias, da B para a C 40 e quem tomou a C e repetirá a mesma, o interstício será de duas semanas. Obs.: todos os que tomaram a vacina A e B em um dos braços, deverá alterar para o outro, ou na nádega. O que repetir a mesma vacina deverá obrigatoriamente ter a aplicação no mesmo local. – As autoridades sanitárias em reunião com cientistas que fazem o estudo das vacinas, estão estudando a possibilidade de se prolongar o intervalo entre as doses aplicadas das vacinas A e D, tendo em vista alguns efeitos colaterais em pessoas do sexo feminino. O prazo será estendido em 10 dias. As mulheres poderão manter o mesmo intervalo, desde que não tenham mudado de vacina entre uma e outra aplicação, neste caso deverá seguir a mesma orientação para os do sexo masculino. – Alguns estudos realizados por médicos da ONU, não descartam a possibilidade de as vacinas terem que ser utilizadas anualmente, mas são somente estudos preliminares. – As autoridades sanitárias, vem a público para avisar que a vacina não exclui o uso obrigatório de máscara e o distanciamento social. A explicação é de que a pessoa, mesmo que imunizada não está isenta de ser novamente infectada pelo vírus e também não deixa de ser um transmissor, por isso a necessidade dos cuidados. Os governantes, em reunião com OMS decidiram que países de clima quente, durante o verão, poderão liberar a população para festas tradicionais de cada país. Esta liberação será de somente 20 dias. Findo o prazo deverá ser decretado lokdown novamente, para que não haja reinfecção de familiares que, por ventura ainda não tenham sido vacinados, e mesmo estes ainda estão sujeitos a um novo surto. – Agora é oficial. As vacinas serão aplicadas anualmente. Sim, mas somente os que usaram as A e D, as B, a imunização é de 15 meses e a C de 18 meses e meio. As autoridades sanitárias se orgulham de terem a tempo, alterado a nomenclatura das vacinas de nome dos laboratórios para letras do alfabeto, a tempo. Isto facilitou em muito o controle, por parte da população, a agir corretamente com a sequência com que deveriam tomar as respectivas doses. Não fosse isso, haveria uma confusão generalizada. Mas não. O povo entendeu e vem seguindo as orientações sanitárias. As secretarias e ministérios da saúde, tentaram, em vão, orientar os procedimentos, mas a sabedoria popular foi mais perspicaz e, por conta própria vem seguindo as orientações e o número de casos da doença caiu vertiginosamente. O que, de fato ocasionou a queda de infectados e mortes ainda não foi devidamente explicado. Mas especialistas garantem que foi a ótima forma adotada para a explicação e de estratégia que proporcionou o fácil entendimento dos métodos de procedimentos que deveriam ser adotados pelo povo.

Afonso Pires Faria, 17.12.2021

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