domingo, 1 de agosto de 2021

NO CALOR DA EMOÇÃO.

 

Sabem aquele sujeito de poucas luzes, que tem dificuldade de entender até o óbvio? Existe. Existe e está não em extinção, mas sim em crescimento exponencial, não só no nosso país como também no mundo. O sujeito compra um carro usado e sente que ele está perdendo a potência. Vai no mecânico e exige a substituição de todo o sistema sonoro. Manda instalar um amplificador de som, compra um rádio de última geração, instala tudo e. Nada. O carro segue sem desempenho. Foi explicado ao proprietário que o problema, para ser resolvido, teria que se alterar o sistema motivo e não sonoro. Mas não adiantou, ele mandou tocar a buzina do carro. As coisas, muitas vezes, são de uma obviedade cristalina, mas a cegueira ideológica não deixa a coisa ficar lúcida. Vamos a um caso local. O meu time, o Internacional. Em nome de um desmonte do que não estava funcionando muito bem, resolveu-se mudar tudo. E que tudo o que se referisse ao passado deveria ser abominado e destruído. Se a vontade da maioria não fosse essa, que se arrumasse um jeito de se chegar ao objetivo. Os fins justificam os meios. Para se eleger o presidente, criou-se um sistema que permitiria a maioria dos sócios a opinar democraticamente pelo voto na escolha do seu presidente. Quem vai contrariar algo democrático e que atenda a maioria? As eleições, transcorreram de forma nebulosa. Muitos disseram que não conseguiram votar, que o site de acesso foi bloqueado etc. Mas foi eleito um dirigente, com ideias inovadoras, a longo prazo e revolucionárias. Desnecessário falar do resultado obtido. Vejo comentaristas esportivos atribuírem a incompetência da atual gestão. Não entendo picas de futebol e muito pouco, quase nada, de administração. Mas de política, gabo-me em ter alguma noção das coisas, afinal de contas, estudei para isso. Não se pode evitar que o ser humano se renda ao seu instinto primitivo. É da índole de todo o conservador proteger o que lhe foi legado, como a do progressista destruir tudo para reformar o mundo. É da índole. É impossível implantar o socialismo em um país próspero. Como fazer então? Torna-se a prosperidade em caos e apresenta-se uma solução utópica. No meu time, assim está sendo feito. Mas os sábios do futebol dizem que não se pode politizar tudo. Pois bem. Esperem então o atual presidente concluir o seu mandato com sucesso, e verão o nosso time pintado das cores que reverencia, não só pelo clube, mas também, e principalmente, pela POLÍTICA. E que Che seja o símbolo da nossa maior torcida.

470N50 91R35 74R14, 01.08.2021

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