Gostaria de fazer um
reparo no que andei escrevendo a algum tempo atrás. Dificilmente mudo de ideia,
quando muito faço um “ajuste fino” no que penso ou escrevo. Mas, muitas vezes
falamos ou escrevemos algo da qual podemos mais tarde nos arrepender. Não sou
um defensor ferrenho do tipo de regime que escolhemos para o nosso país. Nunca
neguei meus pendores ditatoriais, desde que a moda clássica, nos moldes da
antiguidade, com fins e tempo determinados. Quase que impossível, uma vez que o
ditador empossado dificilmente sairá do posto após cumprida a sua missão, como
seria o correto. Mas cheguei a desejar que o nosso país tentasse a experiência
de provar este regime. Que por um determinado tempo uma entidade tomasse as
rédeas do poder, reorganizasse a casa e a devolvesse para um governante eleito
“democraticamente”, as coisas em ordem. Até aqui, eu poderia no máximo, fazer
um ajuste fino em meus desejos, mas eu fui além e cometi um erro crasso. Deste
sim me arrependo arduamente. Foi na escolha de quem eu acharia mais conveniente
que fizesse este trabalho. Pasmem; imaginei que fosse o judiciário. Imaginava
eu que o ministro, depois de um determinado tempo após assumir o cargo, se desvencilharia
das obrigações partidárias e emocionais para com a pessoa e a entidade que lhe
houvesse guindado ao poder. Os fatos estão me desmentindo tacitamente e além de
engajados com os seus senhores e entidades, empenham-se estes, desesperadamente
em salvar a própria pele agindo ao arrepio daquilo que é a sua única serventia:
fazer cumprir a nossa lei maior.
Afonso
Pires Faria, 03.08.2019.
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