sábado, 3 de agosto de 2019

LEDO ENGANO.


Gostaria de fazer um reparo no que andei escrevendo a algum tempo atrás. Dificilmente mudo de ideia, quando muito faço um “ajuste fino” no que penso ou escrevo. Mas, muitas vezes falamos ou escrevemos algo da qual podemos mais tarde nos arrepender. Não sou um defensor ferrenho do tipo de regime que escolhemos para o nosso país. Nunca neguei meus pendores ditatoriais, desde que a moda clássica, nos moldes da antiguidade, com fins e tempo determinados. Quase que impossível, uma vez que o ditador empossado dificilmente sairá do posto após cumprida a sua missão, como seria o correto. Mas cheguei a desejar que o nosso país tentasse a experiência de provar este regime. Que por um determinado tempo uma entidade tomasse as rédeas do poder, reorganizasse a casa e a devolvesse para um governante eleito “democraticamente”, as coisas em ordem. Até aqui, eu poderia no máximo, fazer um ajuste fino em meus desejos, mas eu fui além e cometi um erro crasso. Deste sim me arrependo arduamente. Foi na escolha de quem eu acharia mais conveniente que fizesse este trabalho. Pasmem; imaginei que fosse o judiciário. Imaginava eu que o ministro, depois de um determinado tempo após assumir o cargo, se desvencilharia das obrigações partidárias e emocionais para com a pessoa e a entidade que lhe houvesse guindado ao poder. Os fatos estão me desmentindo tacitamente e além de engajados com os seus senhores e entidades, empenham-se estes, desesperadamente em salvar a própria pele agindo ao arrepio daquilo que é a sua única serventia: fazer cumprir a nossa lei maior.
Afonso Pires Faria, 03.08.2019.

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