Para comprovarmos a ignorância e a pouca capacidade que a nossa
população, que vota, possui, basta fazermos um pequeno teste. Se esta gente for
submetida a escolher entre três canais de televisão: um que apresentará um
documentário sobre as posições políticas e econômicas de Marx, Misses, Celso
Furtado e Roberto Campos, outro canal apresentaria um resumo da vida de
políticos que influenciaram na vida do Brasil e do mundo como Che, Getúlio
Vargas e D. Pedro II. Se somarmos a audiência destes dois canais que apresentou
em horário nobre de um canal aberto, e compararmos com o número de espectadores
de um programa sobre a vida amorosa de artistas nem tanto famosos, mas em
evidência, tipo Jô Jô Todinho, Mc Catraca e Anita, tenha a certeza de que este,
mesmo que não esteja em horário privilegiado, terá mais do que o dobro da soma
dos outros dois. Portanto não espere que os candidatos que se apresentarão para
concorrer nas eleições de 2018, tenham um discurso lógico e racional para
conquistar os seus eleitores. Ele fará promessas vãs, falsas, desconexas com a
realidade, populistas, mentirosas e bem de acordo com o que pensam os artistas
acima citados. Para salvar o país, dirão eles, precisamos de mais festa, mais
alegria, mais divertimento e menos proibições. Mais direitos e menos
obrigações, um Estado que dará a toda a população mais alegria do que
tristezas. Sim, será este o discurso do candidato vencedor. Quem clamar pela
lógica estará fadado a derrota certa. A democracia nos impõe isto: um
governante escolhido segundo o pensar e o modo de viver da maioria de sua
população. Ou mudemos o regime ou nos conformemos em ser governado por um
néscio.
Desde que não
venhas me agredir com tuas atitudes insanas, também não o farei com meu
conservadorismo exacerbado.
Afonso
Pires Faria, 13.06.2018.
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