quarta-feira, 13 de junho de 2018

RUMO AO FUNDO.


Para comprovarmos a ignorância e a pouca capacidade que a nossa população, que vota, possui, basta fazermos um pequeno teste. Se esta gente for submetida a escolher entre três canais de televisão: um que apresentará um documentário sobre as posições políticas e econômicas de Marx, Misses, Celso Furtado e Roberto Campos, outro canal apresentaria um resumo da vida de políticos que influenciaram na vida do Brasil e do mundo como Che, Getúlio Vargas e D. Pedro II. Se somarmos a audiência destes dois canais que apresentou em horário nobre de um canal aberto, e compararmos com o número de espectadores de um programa sobre a vida amorosa de artistas nem tanto famosos, mas em evidência, tipo Jô Jô Todinho, Mc Catraca e Anita, tenha a certeza de que este, mesmo que não esteja em horário privilegiado, terá mais do que o dobro da soma dos outros dois. Portanto não espere que os candidatos que se apresentarão para concorrer nas eleições de 2018, tenham um discurso lógico e racional para conquistar os seus eleitores. Ele fará promessas vãs, falsas, desconexas com a realidade, populistas, mentirosas e bem de acordo com o que pensam os artistas acima citados. Para salvar o país, dirão eles, precisamos de mais festa, mais alegria, mais divertimento e menos proibições. Mais direitos e menos obrigações, um Estado que dará a toda a população mais alegria do que tristezas. Sim, será este o discurso do candidato vencedor. Quem clamar pela lógica estará fadado a derrota certa. A democracia nos impõe isto: um governante escolhido segundo o pensar e o modo de viver da maioria de sua população. Ou mudemos o regime ou nos conformemos em ser governado por um néscio.

Desde que não venhas me agredir com tuas atitudes insanas, também não o farei com meu conservadorismo exacerbado.
Afonso Pires Faria, 13.06.2018.  

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