quinta-feira, 23 de outubro de 2014

VAMOS CRIAR OUTRA.


VAMOS CRIAR OUTRA.
A pouca vontade que tem os governos em desarticular roubos em empresas públicas é alarmante. Uma empresa privada também é estatal atualmente, tendo em vista o avultado valor que recolhe em impostos para o governo. O lucro obtido por uma empresa estatal é várias vezes menor do que o que ela pagaria de impostos, caso fosse privatizada. O problema é que, na mão de particulares o governo não tem ingerência sobre o seu funcionalismo e ali não se encontra um “cabide de empregos”.
Um exemplo disto é a Vale do Rio Doce. Após a sua privatização, foram investidos na empresa, em 6 anos 44 bilhões de dólares. Durante toda a sua existência de mais de 50 anos como estatal o somatório dos investimentos não chegaram aos 10 bilhões de dólares. Produzia 35 milhões de toneladas e em 6 anos passou a 300. Empregava 11 mil trabalhadores e passou a mais de 55 mil. Em 1997 exportava 3 bilhões de dólares e em 2006 10 bilhões, o que representou mais de um quarto do superávit comercial brasileiro neste ano.
Finalmente o atual candidato de oposição deixou o “politicamente correto” de lado e assumiu as privatizações. É necessário termos um Estado forte e que se imponha diante das dificuldades. O Estado tem de ter o controle das atividades dentro do país, mas isto não significa que tenha que deter a propriedade de tudo o que produz.
O governo é um péssimo administrador, por isto deveria deter-se em cuidar somente o que for estritamente da sua competência. Criar empregos, não é uma atividade fim do Estado. O que ele deve fazer é viabilizar a criação destes facilitando, não dificultando a ação de empresas privadas.
O atual governo estadual, na incapacidade de lidar com as empresas que receberam concessão de rodovias, pegou para si a responsabilidade, e na incapacidade de acabar com a corrupção na estatal que deveria atuar no ramo, criou outra empresa, somente para este fim. Mais um cabide de emprego e mais uma empresa ineficiente a fazer o que não lhe é de sua atribuição fim. Se não se pode combater a corrupção na empresa, cria-se outra. Mas em breve esta também estará com os mesmos problemas. É da índole do ente estatal apropriar-se do que não é seu.
Afonso Pires Faria. 19.10.2014.

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