Pensem
um pouco e me respondam, se tudo o que é falado no horário eleitoral, dito
gratuito, não poderia ser proferido em apenas uma semana de inserção televisiva
e radiofônica.
Os
candidatos ficam a maior parte do tempo agredindo uns aos outros, ou ao partido
que lhe opõe, e pouco dizem de concreto para diferenciar a sua proposta da do
adversário. Sim, eles pouco dizem porque se falarem algo de diferente, e que
venha a onerar o bolso do cidadão ou diminuir direitos, não será eleito.
O
tempo todo de propaganda eleitoral é gasto com marketing político e formas
fantasmagóricas de dizer, de forma correta, o que o eleitor quer ouvir. Passada
as eleições nada do que foi prometido vai ser cumprido, pois as promessas são
genéricas. Ouçam e analisem o que difere o discurso de um candidato do outro. É
justificada esta atitude pois, se aprofundar a proposta 99,6% da população não
entenderá nada do que foi dito, são analfabetos funcionais.
Da
mesma forma acho um desperdício de dinheiro o TSE fazer propaganda incitando o
povo a votar. Ora, o voto não é obrigatório? Não existe uma forma de punição para
quem não vota? Então para quê fazer propaganda, se esta custa uma verdadeira
fortuna aos cofres públicos, e consequentemente ao cidadão, no qual eu me
incluo. Gostaria de receber este dinheiro que é gasto, e eu digo gasto, não
investido, porque não tem nenhum retorno, em benefícios outros, que não o
sacrifício de ter que ficar olhando um discurso vago na televisão ou no rádio.
Estes veículos de comunicação, são os que, de fato, se beneficiam com o
famigerado horário eleitoral. O faturamento é certo e não há necessidade de se
correr atrás de quem os contrate. O faturamento é líquido, certo e não oneroso.
Afonso
Pires Faria – 18.10.2014.
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