Encontro
dos primos.
Estive,
por algum tempo, ausente do face e do meu blog. O motivo foi justo, eu estive
em um encontro dos primos, netos do nosso avô Batistas e da avó Chica. Veio
gente de tudo quanto foi parte do Rio Grande, Brasil, e eu diria que veio gente
de toda a parte do mundo e quiçá de outro planeta. Eu juro que tu conversando
com a turma, tu jura que alguns deles não pertenciam ao planta terra, e que
possivelmente tenha vindo de outra galáxia. Vou evitar citar nomes para não inflar muito o ego, mas
provavelmente ele se encontre nesta foto. (figura 01)
Os
organizadores do evento, foram recepcionando um a um dos que chegavam ao local
do encontro, e eu fotografando cada um deles. Tudo corria na mais perfeita
ordem e harmonia, até que chegou o garçom, por volta das 11 horas, e perguntou,
“ alguém aqui, bebe alguma coisa?”.
Pobre garçom, teve que ouvir ao mesmo
temo o maior numero de pedidos em um mesmo instante, de toda a sua vida.
O
almoço, foi farto, e a um preço bem acessível. Comemos bastante, que nos
fartamos, teve horas que eu temi que fosse faltar “boia” para todo mundo, mas
não. Todos saíram satisfeitos de barriguinha cheia. Teve algum mais desavisado
que achava que os picolés, que estavam exposto para venda, fizessem parte do
cardápio de sobremesa e se atracou, que nem loco em porta, comendo os dito
cujos. Só se deu conta da gafe, quando foi pagar a conta, pois o dono,
percebendo o tal descuido, anotou todos. O estrago foi grande. Também este elemento, pode estar na foto
abaixo. (figura 02).
O
lugar escolhido, lotou, com o número de participantes do encontro, e poluiu
sonoramente o ambiente, devido ao barulho, causado pelos gritos de espantos que
alguns tinham de ver primos, tão velhos, pois alguns não se viam à mais de
vinte anos. O impressionante foi o silêncio que ocorreu, quando se mandou
“avançar o rancho”, quase se podia escutar uma mosca voando, quando todos
estavam se alimentando. E se alimentaram!!!!!
Após
o almoço começaram a se formar as rodinhas de encontros para contar cada um
para os outros do que estava fazendo, do que tinha feito, e recordar alguns
fatos do passado. Aí a coisa ficou séria. Contaram-se histórias que até periga
a verdade. Desde um tio que perdeu a porta do carro e andou mais de dois
quilômetros sem a mesma sem se dar conta, e só notou quando da chegada na casa
da vó Chica, que estranhou a poeira
contida em suas roupas, até a um caso de um tio, que não deixou a filha ir a
uma boate (naquele tempo já tinha). Pois esta prima, no intuito de desobedecer
a ordem, combinou com os demais primos, que iriam para a festa, que à pegariam
pela janela, assim que todos já tivessem dormido. Assim foi. Ela dormiu de
roupa, se tapou até o pescoço, quando o tio se despediu dela no quarto,
estranhou que era fevereiro, e estava um calor infernal, e ela tapada de
cobertor até o pescoço. Foi a pista para se descobrir o mal feito. De noite o
tio foi no quarto, deu falta da filha, perguntou para um primo, que não gostava
muito de festa (e não gosta até hoje) e tinha ficado em casa, onde estava a
B....(opa, quase disse o nome dela). Deu de mão no meu primo “pra mode explicar
onde ficava a tal boate”, e foi com o pobre coitado puxado pelo braço, mais
contrariado que gato à cabresto, já prevendo o que iria “se açuseder” . Não deu
outra, o tio chegou, entrou e mandou o garçom acender a luz branca (já naquele
tempo se usava a luz negra em boates em São Sepé. Vejam o avanço). A recusa do
pobre coitado, lhe rendeu um carteiraço “eu sou da policia, e acende esta merda
desta luz”. A prima só saiu debaixo da mesa que estava escondida, não sei se
por medo, ou por vergonha, quando o tio policial avisou: eu só saio daqui
contigo o B...(ops, quase disse o nome da coitada. Prometi omitir os nomes).
Saíram de lá, pois a prima se entregou, e o restante da história só ela e o tio
sabem. Possivelmente ela se encontre nesta foto. (figura 03)
Também
foram lembrados alguns episódios com empregados da fazenda, que tinham algumas
características engraçadas. O Conceição, que só sabia contar até três, e quando
indagado de: quantas vacas tinha lá, quando era mais que a sua capacidade
numérica respondia: eram bastante. Também o seu Avelino que instigado a dizer
qual o genro mais feio do seu Batista, se negava terminantemente a fazê-lo, pois
a tia que possivelmente apareça na foto, (figura 04) ficaria braba com ele.
O
próximo encontro, ficou para os filhos do tio Antão e da tia Amélia (acho que
sobrou para mim), e será a céu aberto. A menos que não se confirme a presença
de uma prima, que possivelmente apareça na foto abaixo, (figura 05), ou que se
efetivada a sua presença, ela se comprometa
não rir, pois o barulho, impediria, como impediu, a comunicação dos
demais.
Eu
ficaria aqui, escrevendo mais um tanto sobre os fatos, mas não vou cansar o
leitor. Na próxima serei mais observador e vou anotar tudo para não esquecer. A
idade vai chegando e a nossa capacidade de armazenar os fatos vai diminuindo.
Menos a da tia Dinga, que morreu com mais de 100 anos lembrando de coisas da
vida de cada um, que nem ele lembrava.
Afonso Pires Faria – Caxias do
Sul 17.11.2013
Muito bom primo Afonsinho. Vamos marcar a próxima.
ResponderExcluirMuito bom o comentário.
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