domingo, 17 de novembro de 2013

Encontro dos primos.
Estive, por algum tempo, ausente do face e do meu blog. O motivo foi justo, eu estive em um encontro dos primos, netos do nosso avô Batistas e da avó Chica. Veio gente de tudo quanto foi parte do Rio Grande, Brasil, e eu diria que veio gente de toda a parte do mundo e quiçá de outro planeta. Eu juro que tu conversando com a turma, tu jura que alguns deles não pertenciam ao planta terra, e que possivelmente tenha vindo de outra galáxia. Vou evitar  citar nomes para não inflar muito o ego, mas provavelmente ele se encontre nesta foto. (figura 01)
Os organizadores do evento, foram recepcionando um a um dos que chegavam ao local do encontro, e eu fotografando cada um deles. Tudo corria na mais perfeita ordem e harmonia, até que chegou o garçom, por volta das 11 horas, e perguntou,  “ alguém aqui, bebe alguma coisa?”. Pobre garçom,  teve que ouvir ao mesmo temo o maior numero de pedidos em um mesmo instante, de toda a sua vida.
O almoço, foi farto, e a um preço bem acessível. Comemos bastante, que nos fartamos, teve horas que eu temi que fosse faltar “boia” para todo mundo, mas não. Todos saíram satisfeitos de barriguinha cheia. Teve algum mais desavisado que achava que os picolés, que estavam exposto para venda, fizessem parte do cardápio de sobremesa e se atracou, que nem loco em porta, comendo os dito cujos. Só se deu conta da gafe, quando foi pagar a conta, pois o dono, percebendo o tal descuido, anotou todos. O estrago foi grande.  Também este elemento, pode estar na foto abaixo. (figura 02).
O lugar escolhido, lotou, com o número de participantes do encontro, e poluiu sonoramente o ambiente, devido ao barulho, causado pelos gritos de espantos que alguns tinham de ver primos, tão velhos, pois alguns não se viam à mais de vinte anos. O impressionante foi o silêncio que ocorreu, quando se mandou “avançar o rancho”, quase se podia escutar uma mosca voando, quando todos estavam se alimentando. E se alimentaram!!!!!
Após o almoço começaram a se formar as rodinhas de encontros para contar cada um para os outros do que estava fazendo, do que tinha feito, e recordar alguns fatos do passado. Aí a coisa ficou séria. Contaram-se histórias que até periga a verdade. Desde um tio que perdeu a porta do carro e andou mais de dois quilômetros sem a mesma sem se dar conta, e só notou quando da chegada na casa da vó  Chica, que estranhou a poeira contida em suas roupas, até a um caso de um tio, que não deixou a filha ir a uma boate (naquele tempo já tinha). Pois esta prima, no intuito de desobedecer a ordem, combinou com os demais primos, que iriam para a festa, que à pegariam pela janela, assim que todos já tivessem dormido. Assim foi. Ela dormiu de roupa, se tapou até o pescoço, quando o tio se despediu dela no quarto, estranhou que era fevereiro, e estava um calor infernal, e ela tapada de cobertor até o pescoço. Foi a pista para se descobrir o mal feito. De noite o tio foi no quarto, deu falta da filha, perguntou para um primo, que não gostava muito de festa (e não gosta até hoje) e tinha ficado em casa, onde estava a B....(opa, quase disse o nome dela). Deu de mão no meu primo “pra mode explicar onde ficava a tal boate”, e foi com o pobre coitado puxado pelo braço, mais contrariado que gato à cabresto, já prevendo o que iria “se açuseder” . Não deu outra, o tio chegou, entrou e mandou o garçom acender a luz branca (já naquele tempo se usava a luz negra em boates em São Sepé. Vejam o avanço). A recusa do pobre coitado, lhe rendeu um carteiraço “eu sou da policia, e acende esta merda desta luz”. A prima só saiu debaixo da mesa que estava escondida, não sei se por medo, ou por vergonha, quando o tio policial avisou: eu só saio daqui contigo o B...(ops, quase disse o nome da coitada. Prometi omitir os nomes). Saíram de lá, pois a prima se entregou, e o restante da história só ela e o tio sabem. Possivelmente ela se encontre nesta foto. (figura 03)
Também foram lembrados alguns episódios com empregados da fazenda, que tinham algumas características engraçadas. O Conceição, que só sabia contar até três, e quando indagado de: quantas vacas tinha lá, quando era mais que a sua capacidade numérica respondia: eram bastante. Também o seu Avelino que instigado a dizer qual o genro mais feio do seu Batista, se negava terminantemente a fazê-lo, pois a tia que possivelmente apareça na foto, (figura 04) ficaria braba com ele.
O próximo encontro, ficou para os filhos do tio Antão e da tia Amélia (acho que sobrou para mim), e será a céu aberto. A menos que não se confirme a presença de uma prima, que possivelmente apareça na foto abaixo, (figura 05), ou que se efetivada a sua presença, ela se comprometa  não rir, pois o barulho, impediria, como impediu, a comunicação dos demais.
Eu ficaria aqui, escrevendo mais um tanto sobre os fatos, mas não vou cansar o leitor. Na próxima serei mais observador e vou anotar tudo para não esquecer. A idade vai chegando e a nossa capacidade de armazenar os fatos vai diminuindo. Menos a da tia Dinga, que morreu com mais de 100 anos lembrando de coisas da vida de cada um, que nem ele lembrava.

Afonso Pires Faria – Caxias do Sul 17.11.2013








2 comentários:

  1. Fernando Gonçalves Simões Pires21 de junho de 2014 às 17:12

    Muito bom primo Afonsinho. Vamos marcar a próxima.

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  2. Fernando Gonçalves Simões Pires26 de outubro de 2014 às 13:09

    Muito bom o comentário.

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