segunda-feira, 4 de março de 2013

Quando se quer enganar, ou ser enganado.


Li recentemente em um jornal local, a indignação de um colunista, pelo fato de que iriam derrubar um prédio na cidade, com quase 70 anos. É muito fácil lutar para não derrubar prédios antigos, para que estudantes, mulheres, negros, bolsistas, grávidas, idosos, deficientes, pessoas verticalmente prejudicadas, feios, gordos, carecas e outros obtenham meia passagem. O que tem que ser explicado para estes inocentes, é que tudo tem um custo. O momento que se tomba um prédio, este passa a ter um custo para a sociedade, para ser mantido. Quando se concede o benefício de  meia entrada, ou meia passagem para um classe, outra tem que pagar o seu custo.
As pessoas enganam as outras, porque existem muitos, que gostam de ser enganados. Tem um senador que sempre promete que se eleito vai terminar com o fator previdenciário, se elege, reelege e nunca cumpre a promessa. O presidente do “conselhão” entregou a presidente Dilma um documento que conclui, após vários estudos, que o segredo para o crescimento do nosso país,  é a manutenção da taxa de juros, evitar a supervalorização do Real, financiamento a micro, média, e pequena empresa e o investimento na formação profissional. Quanta obviedade. E a presidente, recebeu o documento com cara de “paisagem”. Imaginem vocês quanto não foi gasto em estudos, viagens e pesquisas, para se chegar a esta brilhante conclusão.
Fiquei mais impressionado ainda, com a facilidade que existe na relação enganador e enganado, quando a D. Dilma afirmou que o crescimento do nosso país, deve-se a distribuição das nossas riquezas. Ora vejam, o nosso crescimento, não chegou a 1% no ano, e a nossa distribuição é menor em 2012 do que nos anos anteriores. Mas é assim. Quem se dará o trabalho de fazer a leitura correta das palavras vãs da nossa presidente?
Mas nem tudo está perdido. Vem aí o pré-sal. Este mesmo, que foi descoberto ainda no governo do General Geisel, e que ficou somente como descoberto, pois não havia, e não há tecnologia para sua extração.  Ainda bem que temos no nosso país ilusionistas, que fazem que as coisas que não existam, apareçam, e que coisa que só no futuro bem distante possam ser exploradas, sejam capitalizadas como que se já existissem no presente, nem que para isto tenhamos que quase quebrar o nosso maior patrimônio, a Petrobras.
Enquanto existir bobos para serem enganados, existirão espertalhões para engana-los. Estamos marchando, tal qual gado para o abate e não sabemos, ou não queremos saber.
Afonso Pires Faria – Torres, 03.03.2013

2 comentários:

  1. Quando começo a pensar parecido contigo me preocupo. Mas foi só nas primeiras linhas. É inegável o avanço que tivemos no governo Lula e Dilma. Tu sentistes na carne o que o FHC fez conosco. Anos sem um centavo de aumento! O BB partido em pedaços para ser privatizado! Até pesquisa fizeram para saber se o ideal seria Banco do Brasil ou Banco Brasil! Quanto não se gastou nisto? Com certeza mais do que o estudo da viabilidade econômica que citas da Dilma.
    E a Petrobrás? Há erros? Sim, nós temos erros. Mas não queremos mudar o nome para Petrobrax para podermos vender a roldão. Os aposentados da Previ, talvez hoje não tivessem o seu direito garantido com a era do "vender o público pois o privado cuida melhor" que era o lema do Ferrando Henrique e do José Vampiro Serra.
    Pelo visto teremos muitos embates pela frente meu caro especialista ehehe.
    Pacheco

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