Lembro-me
perfeitamente quando ser desonesto era motivo de vergonha. Ter um parente,
ou um amigo envolvido em algum negócio
escuso, mesmo que não comprovado, era motivo de nos sentirmos, de certa forma
envergonhado. Na política então, nem se
fala. Aquele que não tinha uma reputação ilibada, que fosse suspeito de ter sua
honra maculada ou ter se envolvido em algum negócio mal resolvido, não se
elegia nem sindico do prédio onde morava.
Tenho ainda guardado comigo um recorde de jornal, onde os candidatos,
para ganhar votos, ligavam-se a figuras populares.
Lula
lá, Olívio aqui, era um dos slogans do então imaculado PT, para grudar o Lula
ao candidato a governador do nosso estado. O oposto do honestíssimo Lula era o
então governador de São Paulo Orestes Quércia, acusado de utilizar-se de recursos do Banespa
para obter vantagens eleitorais. Uma charge, mostrava o então candidato ao
governo do nosso estado pelo PMDB, Antonio Brito, tentando apagar um muro
pichado com os dizeres “Quércia lá Brito aqui”.
Vejam
os senhores o quanto mudamos. Mudamos, e mudamos para pior, pois os candidatos,
hoje, no lugar de se esconder dos que malversam o dinheiro público, tiram fotos
com eles e jactam-se de ser amigo destes malfeitores. Esperar o quê deste tipo
de candidato, que assim se elegem? Cabe a nós fazermos uma melhor seleção, e
varrer para a lata de lixo este tipo de gente. Não é difícil. Espero ter me feito entender quem são eles.
Afonso
Pires Faria
Caxias
do Sul 19.09.2012.
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