domingo, 21 de outubro de 2018

NEM TANTO A UM, NEM TANTO A OUTRO.

A forma de vermos as coisas vão se alterando com o passar dos tempos e de acordo com os usos e costumes da época. O mal ou o bem causado por uma atitude podem variar de acordo com o estado de espírito do receptor ou até mesmo da forma com que o emissor à profere. Não devemos perder amigos por causa de futebol, religião ou até mesmo por política, isto é certo e está sendo muito propalado para que se evitem exacerbações nos comportamentos que venham a macular o que era um bom relacionamento. Mas também devemos levar em consideração os paradoxos explicitados nas atitudes do nosso companheiro. Ele torcia para o time adversário e era vítima de gozações e também às fazia, assim também ocorriam brincadeiras referente a religião. Mas chegaram as eleições e os ânimos se acirraram. Não se pode mais falar mal do candidato oponente que já é motivo para um profundo desentendimento. Devemos cuidar sim, sermos tolerantes para com as opiniões alheias e opostas as nossas. O que se deve ter também em conta é a contumácia de atitudes do seu amigo, diametralmente opostas ao comportamento e ensinos que lhe foram ministrados, e que ele antes seguia. Se era católico fervoroso e começa a frequentar terreiros de umbanda e depois seitas satânicas, devemos notar uma mudança radical do seu comportamento e procurarmos manter alguma distância de seu convívio referente a este assunto. Se torcia para o seu time e começa somente a ir a jogos do adversário, já não pode fazer parte da torcida organizada da agremiação na sua cidade. Mas fica mais séria a coisa quando o assunto é política. Não a política de forma superficial, mas a que envolve ideias e atitudes. Se teu amigo, dantes de bom caráter, começa a defender todo e qualquer tipo de comportamento em defesa de uma causa que julga ser justa, dá-nos motivo para que desconfie que, um dia poderá vir a te trair. Quando ele defende inescrupulosamente, bandidos que o prejudicaram, deixa de ver o óbvio, as paixões partidárias lhes cegam e perde totalmente o senso do ridículo ao se desdizer com frequência, esta pessoa poderá continuar sendo um amigo mas deve-se manter dele uma certa distância, tanto física quando afetiva. Poderá ele voltar a ser novamente uma pessoa arrazoada e reconhecer os seus erros e tornar-se, novamente digno de confiança e apresso. O problema é que tem uma certa linha ideológica que não permite estes recuos. Infelizmente não perdemos um amigo e sim, ele foi que provocou um afastamento inevitável e necessário.
Afonso Pires Faria, 21.10.2018.  

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