sexta-feira, 28 de junho de 2013

EU NÃO FUI A NENHUMA.

Eu não fui a nenhuma manifestação. Não fui, e se tivesse ido me envergonharia de ter ajudado o governo que aí está, de ter usado o povo, para fazer exatamente o que queria, e tinha vergonha de fazer.
O povo foi para as ruas, e a governante foi para a uma rede nacional dizer que não vai fazer nada daquilo do que eles pediram, mas sim o que lhe é necessário para implementar no nosso país, um modo bolivariano de governar.  Ao assumir que vai aumentar a participação do Estado na vida do cidadão, dando-lhes mais direitos e mais benesses, sem cortar um centavo de despesas governamentais, ela esta fazendo a cama para, em breve, aumentar a nossa já pesada carga tributária.
Qual o sacrifício que o governo fez, para atender o clamor das ruas? Nenhum. O governo só se beneficiou com isto. Vai fazer plebiscito, obrigar os governos dos Estado a se endividarem ainda mais, carimbar recursos oriundos de uma fonte que ainda não existe e, pasmem, importar médicos cubanos.
Desculpem-me os inocentes úteis que saíram as ruas. Aqueles que deixaram se manipular por um movimento previamente articulado dentro do governo, e que quase não deu certo, mas logo voltou à normalidade. A nossa presidente foi aos meios de comunicação e pousou de salvadora da pátria e arrefeceu as manifestações. “Consumatun est”. Eis agora a nova heroína do nosso país. A mulher que com um discurso que atendeu as massas, acalmou os movimentos, e atendeu as suas reivindicações.
Povo burro, estúpido e manipulável este povinho brasileiro. Me envergonho de pertencer a ele, mas me envergonharia ainda mais se tivesse contribuído para legitimar esta farsa, indo para as ruas. Não fui, e tenho pena dos que foram e que, em breve se arrependerão disso. Tenho certeza. A ficha vai cair. E daí será tarde.
Afonso Pires Faria – Caxias do Sul, 26.06.2013.


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