Eu não fui a nenhuma manifestação. Não
fui, e se tivesse ido me envergonharia de ter ajudado o governo que aí está, de
ter usado o povo, para fazer exatamente o que queria, e tinha vergonha de
fazer.
O povo foi para as ruas, e a
governante foi para a uma rede nacional dizer que não vai fazer nada daquilo do
que eles pediram, mas sim o que lhe é necessário para implementar no nosso
país, um modo bolivariano de governar.
Ao assumir que vai aumentar a participação do Estado na vida do cidadão,
dando-lhes mais direitos e mais benesses, sem cortar um centavo de despesas
governamentais, ela esta fazendo a cama para, em breve, aumentar a nossa já
pesada carga tributária.
Qual o sacrifício que o governo fez,
para atender o clamor das ruas? Nenhum. O governo só se beneficiou com isto.
Vai fazer plebiscito, obrigar os governos dos Estado a se endividarem ainda
mais, carimbar recursos oriundos de uma fonte que ainda não existe e, pasmem,
importar médicos cubanos.
Desculpem-me os inocentes úteis que
saíram as ruas. Aqueles que deixaram se manipular por um movimento previamente
articulado dentro do governo, e que quase não deu certo, mas logo voltou à
normalidade. A nossa presidente foi aos meios de comunicação e pousou de
salvadora da pátria e arrefeceu as manifestações. “Consumatun est”. Eis agora a
nova heroína do nosso país. A mulher que com um discurso que atendeu as massas,
acalmou os movimentos, e atendeu as suas reivindicações.
Povo burro, estúpido e manipulável
este povinho brasileiro. Me envergonho de pertencer a ele, mas me envergonharia
ainda mais se tivesse contribuído para legitimar esta farsa, indo para as ruas.
Não fui, e tenho pena dos que foram e que, em breve se arrependerão disso.
Tenho certeza. A ficha vai cair. E daí será tarde.
Afonso
Pires Faria – Caxias do Sul, 26.06.2013.
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